Bom demais saber da existência desse laboratório! Saber que, tão perto, há pessoas pensando na rede e em suas interferências sociais e, mais ainda, agindo na esfera pública e mostrando que inclusão digital não é apenas um nome bonitinho que está na moda e, por isso, é uma causa a ser abraçada pelo departamento de RSC (Responsabilidade Social Corporativa) de uma empresa ou a ser incluído, de forma tática e não estratégica e fundamentada cientificamente, num plano de Administração Pública. É sim uma demanda pública, decorrente das transformações sociais e econômicas do mundo contemporâneo.
Nesse novo momento da história da humanidade (denominado como Sociedade em Rede, Sociedade da Informação, Pós-Industrialismo, Hipermodernidade etc.)*, as condições necessárias para acesso à Internet e, principalmente, à leitura, interpretação e compreensão do conteúdo da rede e o senso de interatividade e proveito desse recurso, são necessidades públicas e sociais e, por que não dizer, humanas, considerando o direito à educação e à informação, previstos em nossa Constituição Federal como condição para a existência digna de uma pessoa. Fechando com palavras de Hernani Dimantas, do coordenador do LIDEC, “inclusão digital, enquanto parte de um processo de inclusão social, é para todos”.
*Cito as diversas nomenclaturas com o intuito de demonstrar a atualidade do assunto, porém, sem desconsiderar as diferenças conceituais das mesmas.
Só para contextualizar esse momento de explosão neural:
Além da necessidade de colocar “no papel” meus pensamentos orientados para a definição de um tema de dissertação (combustível), o momento de ócio profissional (comburente) foi o pano de fundo propício para gerar uma reação química exotérmica.